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Assédio no trabalho: o que líderes e gestores precisam saber

Assédio no trabalho: o que líderes e gestores precisam saber

O assédio no trabalho é um tema sensível e urgente que afeta diretamente a saúde mental, o bem-estar dos colaboradores e o desempenho organizacional. Além do mais, o assédio pode ser considerado crime, o que só ressalta a relevância de falar e prevenir isso.

Neste contexto, líderes e gestores desempenham um papel central na identificação, prevenção e combate a essas práticas, garantindo um ambiente de trabalho saudável e seguro para todos.

Ao longo deste artigo, é possível encontrar em detalhes o que líderes e gestores precisam saber sobre assédio no trabalho, desde sua definição e tipos até estratégias para prevenção e gerenciamento de casos.

A leitura deste conteúdo pode ser um divisor de águas na vida de empresas e trabalhadores. Confira o texto na íntegra e saiba como administrar situações e, principalmente, preveni-las.

O que é assédio no trabalho?

O assunto ainda pode causar dúvidas, além de que nem todas as pessoas podem não saber que estão sofrendo assédio no ambiente laboral. Por isso, é importante explicar.

Assédio no trabalho refere-se a comportamentos repetitivos e indesejados que resultam em desconforto, humilhação ou constrangimento para o colaborador. É uma prática que pode ser sutil ou explícita, mas que, em todos os casos, afeta negativamente o ambiente de trabalho e a dignidade das pessoas envolvidas.

Principais características do assédio no trabalho

  • É intencional ou interpretado como tal
  • Pode ocorrer de forma verbal, física ou emocional
  • Geralmente, é persistente, mas mesmo incidentes isolados graves podem ser considerados assédio
  • Afeta a vítima em aspectos emocionais, psicológicos e, muitas vezes, físicos

Tipos de assédio

Muitas vezes, acontecem situações de assédio sem que as pessoas saibam. Por isso, tanto para líderes quanto para colaboradores, a informação sobre o assédio é importante.

Abaixo, detalhamos os tipos de assédio e como eles se manifestam. Veja:

1.   Assédio moral

Esses comportamentos podem ser percebidos como gritos, humilhações públicas, exclusão social e críticas excessivas ou desproporcionais. É comum que este tipo de violência crie um ambiente hostil, capaz de prejudicar a autoestima da vítima.

Além da vítima, outras pessoas podem se sentir intimidadas. Nas ações de uma pessoa que hierarquiza as ações e não trata o colaborador como colega de trabalho que merece respeito, o assédio moral é muito comum.

2.   Assédio sexual

Este tipo de assédio é ainda mais sério, podendo ser até crime. O assédio sexual avança para ações de cunho sexual que são indesejados, como comentários inapropriados, piadas de teor sexual, toques físicos e até chantagens relacionadas ao desempenho ou benefícios no trabalho em troca de carícias, fotos, vídeos e outra interações sexuais. É um tipo grave de abuso que pode ter consequências legais severas.

3.   Assédio organizacional

Ocorre quando práticas institucionais, como metas inatingíveis, sobrecarga de trabalho ou ameaças de demissão, geram pressões excessivas nos colaboradores, configurando um ambiente de assédio.

Este tipo de assédio não é muito falado, mas causa fortes prejuízos aos funcionários, que em vez de se sentirem motivados, sofrem o inverso!

4.   Assédio discriminatório

Este assédio está relacionado a preconceitos de gênero, raça, orientação sexual, idade, deficiência e outros determinantes sociais ou identitários. A violência se expressa através de falas ou atitudes que marginalizam ou diminuem essas pessoas.

Por que o assédio no trabalho é prejudicial?

O assédio não afeta apenas a vítima, mas também o ambiente de trabalho como um todo. As consequências vão desde a saúde emocional dos colaboradores até a reputação e a performance organizacional.

Separamos os prejuízos entre vítima e empresa para que os líderes tenham consciência de como o assédio incide em cada uma delas.

Impactos na vítima

  • Problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e síndrome de Burnout.
  • Diminuição da produtividade e engajamento;
  • Aumento do absenteísmo e até afastamentos médicos;
  • Prejuízos à autoestima e às relações interpessoais.

Impactos para a empresa

  • Queda na produtividade geral devido ao clima organizacional negativo;
  • Maior índice de turnover – taxa de rotatividade de funcionários de uma empresa – já que colaboradores assediados tendem a deixar o emprego;
  • Riscos legais, como processos trabalhistas e indenizações;
  • Prejuízos à reputação corporativa, afetando a capacidade de atrair e reter talentos.

Estudos mostram que ambientes com altos índices de assédio registram maior insatisfação entre os colaboradores e custos elevados relacionados à rotatividade e aos afastamentos.

Como os líderes podem atuar frente ao assédio nas empresas?

Líderes e gestores são os principais responsáveis por criar e manter um ambiente de trabalho saudável. Para isso, primeiramente, é importante que eles estejam atentos aos sinais de assédio, ajam com rapidez e promovam uma cultura de respeito e inclusão.

Como reconhecer os sinais de assédio?

  • Colaboradores que evitam contato visual ou interações com colegas ou líderes;
  • Redução súbita de produtividade ou mudança de comportamento;
  • Queixas informais ou comentários sobre atitudes desrespeitosas;
  • Alta rotatividade ou pedidos de transferência de equipe.

Atitudes indispensáveis para líderes e gestores

A prevenção é a melhor forma de combater o assédio no ambiente corporativo. Empresas que implementam práticas claras de prevenção criam um espaço de trabalho mais seguro e saudável para todos.

Algumas ações podem ser implementadas para evitar ou atender, de maneira rápida, uma situação de assédio. Entre elas:

  1. Promover a conscientização
    Realize treinamentos periódicos sobre o que caracteriza o assédio e como evitá-lo. Isso inclui informar colaboradores e líderes sobre as políticas da empresa.
  2. Criar canais seguros de denúncia
    Estabeleça um sistema confidencial para que os colaboradores possam relatar casos de assédio sem medo de represálias.
  3. Atuar com imparcialidade
    Ao receber uma denúncia, evite julgamentos precipitados. Conduza uma investigação detalhada e tome medidas adequadas com base nos fatos.
  4. Dar o exemplo
    Líderes devem ser modelos de comportamento ético e respeitoso, demonstrando que práticas abusivas não serão toleradas.

Além disso, elaborar políticas claras, investir em treinamentos contínuos de conscientização, monitorar o clima organizacional e, como dito, fortalecer a comunicação interna são medidas obrigatórias para enfrentar este problema.

Como os líderes e gestores devem lidar com denúncias de assédio no trabalho?

Receber uma denúncia de assédio é um momento delicado que exige sensibilidade, discrição e ações concretas. Um erro comum é ignorar ou minimizar as denúncias, o que pode agravar o problema e comprometer a confiança na liderança.

Por isso, dê espaço para que a vítima relate sua experiência de forma completa, sem interrupções. Demonstre empatia e comprometimento em resolver o problema.

Depois, dê início a uma ação injusta. Colete depoimentos de ambas as partes envolvidas e de possíveis testemunhas. Documente todas as informações com rigor. Então, com os resultados da investigação, aplique medidas corretivas que sejam proporcionais à gravidade do caso. Isso pode incluir advertências, suspensão ou até demissão.

Além disso, não deixe de fornecer apoio psicológico e acompanhe o colaborador para garantir que ele se sinta seguro e amparado após o ocorrido. Busque os superiores e conte com a gestão da empresa, se for preciso.

Empresas que valorizam a saúde mental, o respeito e a ética fortalecem sua reputação e constroem um ambiente onde os talentos podem prosperar. Por isso, trate o assunto do assédio no trabalho com bastante atenção e empenho, pois é necessário.

Para mais conteúdos corporativos, saúde do trabalhador e dicas para líderes e gestores, visite o nosso blog e conheça o nosso trabalho.

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