As Normas Regulamentadoras (NRs), previstas na Consolidação das Leis Trabalhistas, têm o intuito de zelar pela segurança e saúde do trabalhador e orientar sobre rotinas e ambientes de trabalho. Neste sentido, entre elas, na NR-01, há diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho – SST. Nesta mesma norma, é possível entender sobre a matriz de risco.

Para quem não sabe, é mais um instrumento de mapeamento de riscos no trabalho e abaixo isso será explicado com afinco. Além disso, ao longo deste artigo é possível entender sobre o inventário de risco e também de que maneira ele se diferencia da matriz.

Desse modo, se você tem interesse em manter a sua empresa segura e ainda se manter a par de instrumentos voltados para a garantia de diretrizes presentes na NR, não deixe de conferir o texto na íntegra. Boa leitura!

Entenda o que é a matriz de risco

Bem, como visto, a matriz de risco deriva de definições presentes na NR-01 que está vigente desde 2022 e que trata a respeito da gestão de riscos. Dentre as diretrizes da norma, está a obrigatoriedade das empresas documentarem aspectos de risco em um programa, o chamado PGR, que advém de Programa de Gerenciamento de Riscos.

O PGR pode ser feito tanto através de documentos físicos quanto digitais e tem o intuito de catalogar ações de prevenção de acidentes e manutenção da segurança no ambiente. Tudo deve ser feito com um plano de ação e um inventário de riscos que devem contemplar tanto o pequeno, médio e longo prazo.

A formulação de um PGR também envolve a identificação de um risco, a avaliação do mesmo e a seguinte atuação para preveni-lo, bem como a preparação para enfrentá-lo. Por exemplo, uma estrutura pode ter um plano de prevenção para incêndios, mas em caso de haver um, é fundamental contar com extintores, por exemplo.

Agora que você entendeu o que é PGR, pode saber que a matriz de risco, também chamada de matriz de probabilidade, é responsável por estabelecer o nível que um risco pode acontecer (em porcentagem). Assim, é possível identificar quais são os riscos mais propensos a ocorrer e quais são mais difíceis.

A matriz de risco é fundamental para estabelecer prioridades de ação, por mais que todos os riscos devam ser combatidos. Isso garante uma melhor orientação e atenção dos envolvidos com relação aos perigos laborais.

O que é o inventário de risco?

O inventário de risco faz parte do PGR, e é imprescindível para que a matriz de risco ocorra, por exemplo. Acontece que é ele que compila as informações referentes a todos os tipos de riscos (sejam eles biológicos, químicos ou físicos). Uma vez que os riscos foram definidos, é possível juntá-lo ao plano de ação para fazer o PGR.

A partir disso também há a possibilidade de avaliar os níveis de riscos através da matriz de risco. Por essa razão, eles são diferentes, mas se complementam.

Segundo o tópico 1.5.7.3.2 da NR-01, o inventário deve ter pelo menos as seguintes

informações:

a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho;

b) caracterização das atividades;

c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e descrição de medidas de prevenção implementadas;

d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e os resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17;

e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação e;

f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão.

Quais as principais diferenças entre o inventário e a matriz de risco?

Bem, apenas pelo conceito de cada um é possível perceber que apesar da relação, cada instrumento é único para a regulamentação. Da mesma maneira, cada um tem sua devida importância.

No entanto, para que fique ainda mais claro em quais aspectos cada um deles se diferencia, está descrito abaixo suas principais características.

Inventário de riscos X Matriz de riscos

O inventário de riscos requer constantes atualizações, visto que podem haver novos riscos de acordo com a realização de rotinas laborais. Além disso, o histórico de atualização deve ser mantido por 20 anos.

A matriz de riscos, em contrapartida, não precisa de constante atualização. Na realidade, trata-se de uma análise de probabilidade que só pode ocorrer após riscos serem identificados. Basicamente, uma relação de probabilidade X consequência que pode caracterizar o risco como baixo, médio ou alto.

O inventário de riscos não atribui os cálculos e análises feitas pela matriz, mas considera o seu resultado. Há outros tipos de matrizes, como a que relaciona probabilidade X severidade e cada empresa pode buscar a que melhor se adequa ao próprio negócio ou, inclusive, fazer mais de uma para o seu Programa de Gerenciamento de Riscos. Essa é uma maneira de deixar o PGR mais completo.

O que há em comum entre a matriz de riscos e o inventário?

Nem só de diferenças se fazem esses instrumentos da Norma Regulamentadora 01.

Tanto a matriz quanto o inventário guardam grandes relevâncias para a manutenção da segurança no ambiente de trabalho e preservação da saúde dos trabalhadores.

Suas funções são diferentes, mas os objetivos derivam da mesma norma e objetivo: Mapear e auxiliar na prevenção de riscos ocupacionais.

Por isso, estar a par de suas funcionalidades e características é fundamental para manter a segurança nas empresas. Em nosso blog é possível ter acesso a mais informações pertinentes à segurança e ao dia a dia das empresas. Visite-nos!