Esse é o objetivo principal de um Mapa de risco, ferramenta obrigatória, determinada pela Norma Regulamentadora 5 (NR 5): Identificar cada espaço do ambiente de trabalho, sinalizando os locais mais e menos perigosos para que, a partir do conhecimento de todos, os cuidados sejam tomados de forma adequada, e as probabilidades de acidentes sejam minimizadas e, até, evitadas.
Ou seja, toda empresa deve possuir um mapa de risco, sob pena de ser multada. Para tanto, existe uma linguagem padrão quanto ao tipo de perigo a que se está exposto, como quanto ao nível de risco (maior ou menor) que aquela localidade possui.
Assim, uma vez diante de um Mapa de risco, a pessoa poderá identificar os símbolos em qualquer outra empresa, desde que esteja fixado em local visível. Esta é outra exigência da Norma que sinaliza que o acesso ao documento deve ser para trabalhadores e visitantes também.
Códigos do Mapa de Risco
Como citamos anteriormente, existe uma linguagem padrão para identificar os ambientes do trabalho, e ela é fundamental para compreender onde estão os riscos em maior ou menor escala, e quais substâncias estão mais concentradas em determinada localidade. Para isso, existem os círculos e as cores.
Como a ideia é que o material seja acessível a todos, optou-se por trabalhar com a linguagem gráfica. Dessa maneira, abaixo do Mapa haverá uma legenda, como uma espécie de guia para a leitura correta do quadro, com os seguintes dados:
- Círculo pequeno: risco baixo ou médio controlado;
- Círculo médio: risco importante, mas que pode ser controlado;
- Círculo grande: alto risco que pode levar a consequências graves. Não controlável, e difícil até de ser neutralizado.
Se de um lado temos o tamanho do desenho como forma de traduzir o grau de risco, do outro temos as cores que servem para indicar o tipo de perigo que existe naquele local. É químico, físico, mecânico? Para conseguir fazer essa leitura, cada bolinha será pintada com uma das cores descritas.
- Verde: representa os riscos físicos (frio, calor, umidade, ruídos, radiações e vibrações);
- Vermelho: trata-se dos perigos químicos (gases, vapores, substâncias tóxicas);
- Marrom: são as ameaças biológicas (fungos, bactérias, vírus);
- Amarelo: os riscos ergonômicos (postura inadequada, sobrecarga, trabalho repetitivos, jornadas excessivas;
- Azul: risco de acidente (problemas na iluminação, maquinário, equipamento, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão.
Quem elabora o Mapa de Risco
De acordo com a NR 5, o documento deve ser produzido pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a CIPA, em parceria com o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
Nos casos em que a empresa não possua essas instituições, em razão do seu porte, a legislação indica que busque uma consultoria externa para que a organização possua seu Mapa de risco.
Importante: pode evitar acidentes
Para além da penalidade a que está exposta a empresa que não elaborar este documento, o Mapa vai contribuir de forma significativa para o planejamento de ações na área de segurança do trabalho, para o uso adequado de equipamentos, para treinamentos direcionados e setorizados e, principalmente, para a segurança de quem está no dia a dia do processo laboral.
Por isso, não se pode abrir mão dessa ferramenta em hipótese alguma. Pois, além de prejuízo financeiro, o empregador poderá ter que arcar com situações de acidentes graves, que podem manchar o nome da empresa por um longo tempo.
Afinal, a partir da exposição do Mapa, todos os componentes da organização tomam ciência dos riscos e dos níveis de ameaça de cada espaço do ambiente laboral, e podem assim, em conjunto com a CIPA e demais órgãos de Segurança e Medicina do Trabalho, assumir a responsabilidade tanto pela sua vida como pela do colega.
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