O inventário de riscos é um documento previsto pela Norma Regulamentadora – NR 01, a qual dispõe os requisitos obrigatórios que devem constar na declaração. Logo, a construção do inventário deve ser feita por um Técnico de Segurança do Trabalho (TST).
Todavia, para fazer a elaboração deste atestado, o profissional também deve levar em consideração as exigências da NR 09. Uma vez que, ela trata sobre a avaliação e o controle das exposições dos trabalhadores a agentes químicos, biológicos e físicos.
Sendo assim, no artigo de hoje, você vai descobrir o que é o inventário de riscos e como elaborá-lo conforme a legislação. Então, continue conosco até o final para conferir!
Inventário de riscos: o que é?
O inventário de riscos é um documento, cujo objetivo é identificar e listar todos os riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho, bem como o grau de exposição dos colaboradores.
Assim, estão incluídos os agentes químicos, ergonômicos, físicos, biológicos e o nível de perigo para acidentes de trabalho. Dessa forma, trata-se de um certificado de caráter preventivo, que tem o dever de documentar os riscos presentes em uma empresa.
Com isso, esse documento faz parte do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), o qual é uma das obrigações das organizações declaradas pela NR 01.
Isso porque, a declaração é necessária para a criação do plano de ação que, posteriormente, deve ser implantado nas instituições para o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO).
Desse modo, o TST terá o direcionamento adequado para propor as melhorias contínuas e o controle dos agentes nocivos de acordo com a devida necessidade das organizações e dos seus trabalhadores.
Como estruturar um inventário de riscos? Veja o passo a passo!
Para que o documento atenda as exigências legais, é muito importante o cumprimento da NR 01. Logo, conforme dispõe a norma, veja a seguir como estruturá-lo de forma prática e eficaz!
Passo 01: identifique os riscos
Antes de tudo, a primeira coisa a se fazer é identificar todos os riscos presentes na empresa. Nessa etapa, o TST deve fazer uma análise profunda dos locais de trabalho, especialmente aqueles em que os próprios trabalhadores julgam perigosos.
Aqui, devem ser descritos os perigos que podem causar possíveis lesões ou danos à saúde, bem como as atividades exercidas pelos funcionários e a especificação dos processos da organização.
Passo 02: avalie e classifique os riscos
Depois de ter todos os riscos listados, chegou a hora de avaliá-los e classificá-los conforme o nível de gravidade.
Uma vez que, aqueles que são considerados mais graves para a integridade física e saúde dos colaboradores devem ter uma atenção maior no momento de criar os planos de ação.
Passo 03: crie as medidas preventivas
Com a lista de riscos avaliadas e classificadas, é o momento de criar as medidas preventivas que devem ser implantadas para minimizar a exposição aos agentes nocivos pelos funcionários.
No geral, o TST pode implementar treinamentos individuais e em equipe, equipamentos de proteção individual (EPI) ou coletiva (EPC), organização do ambiente de trabalho, manutenção periódica das máquinas, fiscalização do uso correto dos EPIs, entre outros.
Passo 04: analise os resultados
Após construir o inventário de riscos, em conjunto com os planos de ação preventivos, não esqueça de avaliar os resultados para certificar-se se houve melhora nos processos da instituição. Além de analisar se os riscos foram – de fato – reduzidos.
Passo 05: reavalie os riscos
O inventário é um documento que deve ser sempre reavaliado. Uma vez que, as atividades exercidas pelos trabalhadores podem ser alteradas. Com isso, novos perigos também podem surgir, e eles devem ser – constantemente – identificados e monitorados.
Assim, é possível garantir a segurança do colaborador e minimizar os riscos para acidentes de trabalho através de novas medidas preventivas.
Conclusão
Como visto, o inventário de riscos é um documento fundamental para o monitoramento dos perigos e a segurança do trabalhador. Desse modo, é necessário que os funcionários também estejam sempre cientes sobre as ameaças do ambiente de trabalho.
Logo, é primordial que a empresa comunique-os sobre os riscos identificados e esteja sempre conscientizando e reforçando sobre a importância das medidas preventivas. Assim, o gerenciamento dos riscos será sempre eficaz.
Gostou deste artigo? Então, acesse outros conteúdos do nosso blog para conhecer mais assuntos sobre a Saúde e Segurança do Trabalho!