O modelo home office de trabalho deu um salto, no Brasil, durante a pandemia do coronavírus. Isso se deve às medidas de distanciamento social, impostas pelo governo, na tentativa de reduzir o contágio da doença. Diante disso, a maioria das empresas foi obrigada a mandar seus colaboradores para a casa.
Mas, apesar de só agora o modo “trabalho em casa” ter aumentado no país, de uma forma um tanto forçada, a reforma trabalhista regulamentou esse tipo de relação em 2017, alterando alguns pontos do modo de produção à distância.
Dentre eles está a possibilidade de negociação direta entre empregado e patrão, sobre os gastos com infraestrutura e despesas gerais, e a flexibilidade do controle das jornadas, com o objetivo de atrelar produção à qualidade de vida.
Permaneceram inalteradas, no entanto, os tópicos que tratam da saúde e segurança que seguem as mesmas normas utilizadas para o trabalho presencial. E é sobre eles que vamos tratar nesse texto.
Normas para home office
O ambiente de trabalho mudou. Agora o colaborador vai exercer sua função em casa, o que naturalmente o leva a utilizar o próprio mobiliário existente da casa. Mas será que eles são adequados? Como ele vai manter sua qualidade de vida trabalhando em domicílio?
Independente do local de exercício do labor, a empresa é obrigada a seguir a Norma Regulamentadora 17 (NR17), que a orienta a realizar uma análise ergonômica do ambiente de trabalho. No caso, de home office, esse posto é a casa do colaborador.
Se na visita for constatada a necessidade de aquisição de mobiliário, a empresa deve providenciar a adequação do local para proporcionar melhores condições de segurança e saúde para o empregado no desenvolvimento de suas atividades.
O home office e a NR17
A Norma ergonômica indica as melhores condições para resguardar a saúde e a qualidade de vida do empregado. Entre elas está a melhor inclinação da cadeira, com o objetivo de proporcionar maior conforto para a coluna, o apoio dos pés e dos pulsos no manuseio correto do computador e a distância correta entre os olhos e a tela do computador.
Todos esses elementos devem ser observados e, quando não estiverem dentro dos padrões, devem ser providenciados pela empresa, que é a responsável por oferecer o melhor ambiente para o colaborador.
Mas não basta só instalar os equipamentos. É preciso instruir o colaborador de como devem ser usados, além da sua frequência. Isso porque, ela pode ser responsabilizada em caso de acidente do colaborador, mesmo quando o exercício da atividade acontece no domicílio dele.
Treinamento para home office
Assim, mesmo em home office, a empresa não pode abrir mão dos treinamentos. Pelo contrário. Por ser uma modalidade ainda em expansão no Brasil, os colaboradores desconhecem como devem agir nesse modelo, os treinamentos precisam ser permanentes.
Se de um lado o home office permite maior conforto ao empregado, pois ele não vai precisar se locomover, pegar trânsito, nem conviver com pessoas estranhas ao seu lar. Do outro, ele terá que lidar com as peculiaridades do ambiente doméstico.
São ruídos, iluminação, crianças, entre outros, que podem interferir diretamente no desenvolvimento do trabalho e gerar impacto no resultado final.
Orientações são importantes
Nesse sentido, além de orientar para evitar acidentes de trabalho, que assim são configurados, mesmo em posto diferente do escritório, a Saúde e Segurança do Trabalho (SST) deve ser composta por uma série de orientações que vão ajudar a estabelecer uma rotina de tarefas capaz de tornar essa experiência saudável também para o psicológico do colaborador.
E esses procedimentos só poderão ser internalizados por meio de treinamento constantes e direcionados. Eles vão incluir horários de atividades, vestuário, organização e, até, o melhor local da casa para a realização das tarefas.
Para te ajudar nisso, estamos dispostos a oferecer treinamentos específicos para a área de atuação da sua empresa. Entre em contato conosco ou deixe um comentário. Ficaremos felizes em atendê-lo!
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