A entrada e permanência do colaborador no espaço confinado requerem cuidados e atenção. Afinal de contas, o local não foi projetado para a ocupação humana e, por isso, não possui as circunstâncias mínimas para a sobrevivência do homem (vale lembrar: Realizar uma avaliação prévia do ar do ambiente é primeiro passo).

Entretanto, sempre há a necessidade de atividades que só o braço humano pode realizar como manutenção e limpeza de equipamentos, por exemplo. Para isso, será fundamental que sejam viabilizadas estas condições.

A Norma Regulamentar 33 fornece procedimentos que os profissionais devem adotar nesse tipo de trabalho. O mais importante nessa tarefa, que oferece riscos à saúde do colaborador, é tomar todas as medidas de segurança para garantir a integridade física do trabalhador que está em campo.

Cada espaço vai exigir técnicas diferentes de atuação. A atividade também vai influenciar nos procedimentos que deverão ser realizados para evitar danos ao colaborador durante a execução do trabalho. Por isso, será preciso ter um profissional técnico capacitado, responsável por orientar as tarefas.

O colaborador que vai executar a atividade também precisa estar apto com treinamentos e cursos relacionados ao trabalho que vai realizar. Para isso, o certificado correspondente precisa estar válido.

O campo de trabalho deve contar ainda com um supervisor, responsável pela Permissão de Entrada e Trabalho (PET) e um vigia que monitora a atividade e, em caso de emergência, deve atuar para retirar o trabalhador do local o mais rápido possível.

Técnicas de movimentação

Antes de falarmos sobre os procedimentos adequados no espaço confinado, é preciso chamar a atenção para um ponto importante. Esse tipo de ambiente costuma estar contaminado por substâncias tóxicas que reduzem a quantidade de oxigênio no ar. Por isso, essa é uma avaliação prévia fundamental para assegurar um ambiente razoável para o trabalho.

Monitoramento das condições atmosféricas

Medir a quantidade de oxigênio e a presença de toxinas para eliminá-las antes da entrada do colaborador, além de identificar outros riscos e viabilizar soluções para que o trabalho possa ser exercido com segurança, são ações primordiais em espaço confinado.

E essa já é uma técnica de movimentação importante, pois além de verificar a qualidade atmosférica antes da entrada do profissional, o ambiente deve ser ventilado e monitorado durante todo o trabalho, e isso deve ser feito com a ajuda de detectores multigases, ventiladores ou exaustores.

Caso seja detectada alguma mudança no ar que interfira na saúde do trabalhador, o trabalho deve ser imediatamente interrompido.

Sinalize o espaço confinado

Essa identificação será fundamental para garantir o acesso restrito apenas aos profissionais capazes de realizar o trabalho, impedindo que pessoas estranhas adentrem o ambiente e cause algum acidente.

Para tanto, é preciso deixar claro a periculosidade da atividade naquele espaço, inclusive, citando na sinalização o risco de morte iminente, em situação de descuido. Também deve ficar explícito a manutenção em determinado equipamento para que não haja o risco dele ser acionado durante a execução da atividade.

Isolamento e bloqueio de equipamentos

O campo deve estar isolado das fontes de energia ou qualquer outro tipo de atividade que interfira no campo confinado ou no desenvolvimento do trabalho.

Além disso, se a manutenção está sendo feita em parte de um equipamento, é preciso colocar bloqueio para impedir que ele seja ligado. Cadeado e travas também são indicadas para uso no maquinário, que também não deve estar conectado a nenhuma fonte de energia.

Equipamentos de Proteção adequados

O EPIs devem ser os adequados para o trabalho nesse tipo de espaço. A segurança do colaborador deve estar em primeiro lugar. Por isso, devem ser usados os equipamentos corretos e em perfeitas condições de uso.

O responsável técnico deve avaliar as condições do ambiente para indicar quais são aqueles que precisam ser utilizados pelo colaborador para garantir a segurança durante as atividades.

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